Ao invés disso no interior do país vão sendo colocados postes de altíssima tensão nas estradas e nas paisagens. Um perigo para a vida e saúde das pessoas que ali passam e habitam, para além do desastre paisagístico e ecológico que vamos observando. De tempos a tempos dou comigo a pensar nos cargos de chefia na região aonde moro, pelo medíocre trabalho desempenhado no que tocou a negociações e resoluções da melhoria das estradas e vias de comunicação, que por consequência em vez de trazerem a Trás-os-Montes e ao Douro esse turismo que todos desejamos capaz de criar muitíssimos postos de trabalho e desenvolvimento… trouxe ao invés a desertificação e a desmotivação que trás o subdesenvolvimento.
Por outro lado, temos um país com uma dívida externa ou 100% do PIB endividado, mas, mesmo assim, continua a defender modelos completamente despropositados na ordem sempre dos milhões e milhões de €, fala-se em 1500 000 € (milhões de euros) O TJV a OTA e outros que mais, que são obras mal avaliadas, que ninguém avaliou certamente. Sabe-se que fica o TJV entre 60 e 300 milhões, mas ninguém sabe quais os encargos das novas concepções de nenhum dos novos projectos de desenvolvimento e nem aparecem mencionadas as rendas anuais a pagar. Apenas por alto ditam mais de muitos milhões de euros de rendas a pagar aos novos concessionários. Fala-se em 30 hotéis de superior qualidade mas nenhum será na região demarcada do douro. O ministro faz a sua composição na medida da qualidade e percepção empresarial dos indivíduos e das regiões. Eles ali empreendedores e confiantes, mas não estava nenhum para a região transmontana. Lamentei as Pedras Salgadas e Vidago. Lamentei pelo Douro Património da Humanidade. Lamentei e pensei … as pessoas aqui pensam pequeno e os que pensam grande são amarrotados e chacoteados. Trás-os – Montes e Alto Douro tem o que merece??? Não não tem! É pena mas não tem! Esta região é linda e bem aproveitada poderia ser uma região desenvolvida, mas com a corrupção desmedida que tem havido no país… claro que as regiões mais desfavorecidas desde sempre saíam prejudicadas nas avaliações.
Veremos e alarguemos o espírito desta região de Trás-os-Montes e Alto Douro ao espírito do Português em geral, apenas comparando as novas oportunidades para uns e para outros, os acessos, a maior ou menor variedade de oportunidades pelos meios e pelas vias de comunicação, pelo desenvolvimento e pelo progresso. Quem ficou sempre a perder foram os “ serranos” como diriam daqui agora os meus estimados amigos da serra que muito prezo e admiro. E no turismo agora, quem ganha e quem perde? Claro já estávamos à espera ou não fosse isto ser o atraso de vida que todos sabemos e bem conhecemos e até parece que também vivemos. Ser transmontano é uma honra para qualquer cidadão que aqui nasça.
Temos na região grandes homens e mulheres da escrita das ciências e das artes. É uma região de gente sã e hospitaleira, com uma gastronomia tão rica e tão vasta que deixa ao visitante vontade de voltar. Ora que eu saiba o custo de oportunidade é básico em economia. Devemos medir os projectos. Saber perceber porque podem estar sustentados nessa medida. Quem foram os que os barraram e quem foram os que prejudicaram as famílias e as populações. Se compararmos a Irlanda constatamos logo aqui, um PIB per capita o dobro do nosso. Tenho de concordar quando ouço alguém dizer que um estado que não cumpre funções elementares como a justiça e a igualdade de direitos e oportunidades, não pode fazer investimentos que hipotequem desta maneira as populações e o país.
Um célebre pensador dizia que há duas formas de arruinar um país: uma é fixar as rendas de casa e a outra é bombardeá-lo.
Enfim uma sociedade verdadeiramente democrática diminui sempre a parte que imposta> impostos, e acentua grandemente a parte que é voluntária. Concordo em pleno. Em Portugal os mais poderosos prejudicam os menos poderosos. Devíamos aprender com os erros dos outros para sermos inteligentes, mas não, como existem três tipos de países alguém disse e muito bem> Os países estúpidos, os países normais e os países inteligentes.> Assim se pode considerar na raça humana.
O país está fragilizado. O crescimento é o que é. Temos um cenário miserabilista daquilo que é o orçamento. O dinheiro é cada vez mais caro ou seja Portugal está sem dinheiro, mas ainda há muito quem o tenha. Está é muito mal distribuído. Uns têm e outros não podem ter. Criar um ambiente favorável que não impasse os investimentos é fundamental, mas isso continua a não acontecer. Hoje o turismo diz ser a nossa maior exportação. Que programas? Que futuro? Temos mão-de-obra muito qualificada e estamos bem situados geograficamente, Devíamos fazer ride shows de Portugal e do seu interior mas como? E com Quê? É preciso transparência no processo de evolução das nossas vidas. Referem-se factores ambiciosos para o turismo e enquanto isso as regiões do interior do país ficam entregues à sua sorte. O século XXI também é já considerado o século da alimentação. A cozinha as novidades e os novos artistas da cozinha tem que ser premiados e contemplados. Existem grandes projectos em patamares de excelência. E para o interior? O que existe que nos possa dignificar e trazer qualidade de vida? O País deve continuar a apostar no turismo. O país tem que ter uma indústria forte a esse nível dizem, 35% da indústria do turismo é gasto em gastronomia. Ora se a nossa dieta é considerada a melhor dieta mediterrânica porque não explorar no interior muito bem esta vertente. Existe em Trás-os – Montes capital humano e capital terreno para isso, só que não temos pessoas ambiciosas e eficientes nos cargos de direcção dos organismos e os que existem nada conseguem sem apoios.
Senão há dinheiro porquê avançar em projectos megalómanos no litoral e o básico e fundamental nas terras do interior fica por resolver como seja as vias de comunicação o comércio e a indústria seja ela qual for.
Muitas vezes a dignidade proíbe o que a lei permite. Palavras-Chave: dignidade lei
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