terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Reflexões


DEMOCRACIA AUTOCRACIA ARISTOCRACIA E UTOPIA


A polivalência dos termos «Democracia» e «Utopia»

Seria útil examinar, com alguma urgência as causas da polivalência das palavras «Democracia» e «Utopia» – fenómeno que atinge uma amplitude, a bem dizer infinita, no Portugal de hoje, na Europa e no Mundo. Também não ouso avançar muito mais, na linha desta interessante problemática. A sua complexidade recomenda-a à competência de quem se dedique ao estudo dos problemas da Linguagem e à Análise Sociológica. Apenas me proponho introduzir alguns pequenos trechos que me levaram a reflectir sobre Autocracia Democracia, Aristocracia e Utopia e por consequência deixo ou lanço o «paradoxo».

Os homens são atormentados pelo pecado original dos seus instintos anti-sociais, que permanecem mais ou menos uniformes através dos tempos. A tendência para a corrupção está implantada na natureza humana desde o princípio. Alguns homens têm força suficiente para resistir a essa tendência, outros não a têm. Tem havido corrupção sob todo o sistema de governo. A corrupção sob o sistema democrático não é pior, nos casos individuais, do que a corrupção sob a autocracia. Há meramente mais, pela simples razão de que onde o governo é popular, mais gente tem oportunidade para agir corruptamente à custa do Estado do que nos países onde o governo é autocrático. Nos estados autocraticamente organizados, o espólio do governo é compartilhado entre poucos. Nos estados democráticos há muito mais pretendentes, que só podem ser satisfeitos com uma quantidade muito maior de espólio que seria necessário para satisfazer os poucos aristocratas. A experiência demonstrou que o governo democrático é geralmente muito mais dispendioso do que o governo por poucos.Aldous Huxley, in 'Sobre a Democracia e Outros Estudos'

Fala-se sempre muito em aristocracia e democracia. Pois o caso é apenas este: Na mocidade, quando nada possuímos ou não sabemos apreciar a posse tranquila, somos democratas. Mas se, no decurso de uma longa vida, conseguimos possuir alguma coisa, desejamos não somente garanti-la, mas queremos também que os nossos filhos e netos possam gozá-la tranquilamente. É por isso que na velhice somos sempre aristocratas, mesmo que na nossa mocidade tivéssemos tido tendência para uma mentalidade diferente.
Johann Wolfgang von Goethe, in 'Conversações com Goethe, de Eckermann'

Ter escravos não é nada, mas o que se torna intolerável é ter escravos chamando-lhes cidadãos
Autor: Diderot, Denis

O sufrágio universal, a mais monstruosa e a mais iníqua das tiranias, pois a força do número é a mais brutal das forças, não tendo ao seu lado nem a audácia, nem o talento.
Fonte: "Le disciple"
Autor: Bourget, P.

Não seria demais acrescentar, mesmo tendo a certeza que lá vem o meu grande e querido amigo Mr Doctor… dizer, que, eu tenho um bocado a mania das repetições…mas arrisco terminar dizendo, que sou uma verdadeira Aristocrata e que a Sociedade Inteira deveria ser assim também. Confundiram-se os termos? O que foi que aconteceu? Como surgiu essa ideia de Democracia? Não teria sido utopia???

Democracia – sociedade que garante a liberdade de associação e de expressão e na qual não existem distinções ou privilégios de classe hereditários ou arbitrários. Se traduzir arbitrários em dicionário de sinónimos encontro uma quantidade de palavras abusivas, e que ao longo destes anos todos de democracia todos nós sentimos todos os dias, seja pelas mais variadas direcções. Má interpretação do termo? Democracia vem da palavra grega “demos” que significa povo. Nas democracias, é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo.
Utopia – Lugar que não existe. País ideal, em que tudo estaria organizado da melhor forma para a felicidade completa da população (tal como foi idealizado por Thomas More e outros utopistas); Projecção de um futuro ideal; Quimera, fantasia, concepção irrealizável.
Trabalhar o ano inteiro para poder dormir numa rede e beber água de coco por um mês, é idiotice. Trabalhar cinco dias esperando pelos dois que vem a seguir é pior ainda. Trabalhar em algo que não se acredita, só para garantir o carro novo é suicídio.Não existe prazer maior que um trabalho realizado. Trabalho, é a actividade que você faz, são suas ideias. Trabalho, não deve ter hora nem lugar determinados. Você pode trabalhar, dormindo.
E assim continuam a falar daquilo que já não tem solução… a prometer o que não podem cumprir… e o povo que possui a tal mais brutal das forças... será que deixa de acreditar nesta história de encantar??? As sociedades democráticas estão empenhadas nos valores da tolerância, da cooperação e do compromisso. As democracias reconhecem que chegar a um consenso requer compromisso e que isto nem sempre é realizável. Nas palavras de Mahatma Gandhi, “a intolerância é em si uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espírito democrático”.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Odisseia Queiroziana


Às dez, hora combinada
Tudo entrou sem hesitar
Na carrinha estacionada
Para a Tormes nos levar

Eu cheguei mesmo na hora,
E logo ouvi a Rosinha
Deitando a mão para fora,
Venha p’raqui ó Julinha!

Em poucos minutos apenas
Deu-se início do passeio,
Mas acontece que as pequenas
Iam cheias de receio

Para animar este grupo
Ana Maria abre a sessão,
E num espaço muito curto,
Começou a reinação

Anedotas variadas
Algumas de alta linhagem,
E, modinhas entoadas,
Realçaram a paisagem

Começou a ver-se o Douro,
E a magia dessas serras…
Retrata em letras de ouro,
A tal cidade e as serras…

Mas alguém mais concentrado,
Alertou o motorista,
O senhor está errado,
Não é esta a nossa pista!

Ignorando aonde estava
E que caminho tomar,
Virou para outra estrada
Sem certeza de acertar

Dentro em pouco íeis-nos chegados
À tal dita Fundação,
Um pouquito esfomeados
Esperamos refeição


Aos aperitivos demos largas
Toda a gente deu ao dente,
Franguinho e arroz de favas,
Deixam a malta contente

Após grande almoçarada
A visita começou,
E viu a turma emocionada,
O que o Eça nos deixou

Umas compritas apenas
Num lagar daquele tempo,
Entretiveram as pequenas,
Durante um largo momento

Para o fim um cafezinho,
Num local já em progresso,
Pusemo-nos a caminho,
Iniciou-se o regresso

Esta bela odisseia
Não muito tempo durou,
A coisa tornou-se feia,
Alguma peça estoirou

Em redor de todas nós
Havia fumo espesso,
E ouviu-se numa só voz,
Ai Jesus que aqui pereço!

Cá fora mas já a salvo,
Fizemos a apreciação,
Cada qual dizia algo,
Encarou-se a situação

Havia muita sugestão,
Eu só queria boleia,
Ó menina isso é que não,
Afaste daí essa ideia!

Todas juntas é que é
Daqui ninguém vai sair,
Com o solzinho no pé
Esperemos o que há-de vir!

A fé era muito grande,
Vale a pena esperar,
Na carreira há quem mande
E cá nos virão buscar…


Só que o tempo foi passando
E sem alguém aparecer,
Então fomos desanimando,
E, o melhor foi esquecer

Depois de longo esperar
Foram raios e coriscos,
Mas, nada vou relatar
P’ra não correr outros riscos

E quanto à visita em si,
E num balanço final,
Eu murmuro para mim,
É lindo este Portugal…


(Maria Júlia Barroso Serôdio) – Amiga e Senhora de minha casa, todos os dias, e por quem tenho enorme apreço, aqui a deixo, nesta hora de grito e alerta pela SALVAÇÃO da região transmontana. *


Quero também lembrar alguns maravilhosos escritores transmontanos e durienses, como Aquilino Ribeiro, Teixeira de Pascoais, Eça de Queiroz, Miguel Torga e Guerra Junqueiro, nesta luta, que afinal é de todos nós! Manuel@

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Linha Do Douro


Conservação da Linha do Douro Das linhas ferroviárias nacionais consideradas secundárias - associadas à baixa procura - apenas a do Douro verá, até 2013, uma pequena luz de investimentos por parte da Administração Central. Pequena porque se cinge ao troço Porto-Régua.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Era Uma Vez

A Maior Hecatombe da história» abateu-se sobre a imprensa regional .......

O título foi usado na cara do ministro da tutela, pelo Director do Mensageiro de Bragança.

Esse governante já deu mostras de que anda a brincar com coisas sérias. Brincou em campanha eleitoral para as Presidenciais, quando afirmou que o país sofreria um «golpe de estado», caso Cavaco Silva ganhasse as eleições.

A infelicidade da sua atoarda enfraqueceu o seu «doutorismo» sociológico e fragilizou-o perante a imprensa regional que nunca teve à frente dos seus destinos político tão inseguro. Se já engoliu muitos sapos, nos cruzamentos que terá tido com o Chefe de Estado, durante um ano de vigência, muitas pragas a pequena imprensa já lhe rogou, pela péssima defesa que dela tem feito, em menos de metade do mandato que leva à frente do sector. Desde a «censura» na RTP, aos incompreensíveis remendos no Estatuto dos Jornalistas que quer, a todo o custo, introduzir numa profissão de que pouco entende, Artur Santos Silva soma mentiras e cogitações que num «doutor» não se compreendem. Já tivemos na tutela, governantes com o antigo sétimo ano de liceu, que deram mostras de maior coerência e equilíbrio cognitivo. Sirva o exemplo de Amândio de Oliveira que, ao lado de Marques Mendes, defendeu a Comunicação Social, com propostas que catapultaram a imprensa regional e as rádios locais para altos voos. Foi nessa altura que se instituíram importantes subsídios, como o incentivo à modernização tecnológica. E, com Amândio de Oliveira e Marques Mendes se manteve o porte pago, a 100% para o país e para o estrangeiro.

Ora o doutor Augusto Santos Silva, imbuído do espírito do «golpe de estado» que vem povoando o seu imaginário, foi, dia 20 de Janeiro, a Bragança, oficializar uma mentira e anunciar a morte súbita para o porte pago para o estrangeiro. Não estive lá mas tenho esse semanário como fonte idónea. Durante vinte anos consecutivos mantive nele, colaboração permanente. E leio sempre, com grande cuidado, os editoriais que o seu director, Calado Rodrigues, nele assina. Na edição de 25 de Janeiro faz-se o relato, nas páginas 6, 7 e 13 das cerimónias comemorativas dos 67 anos do Mensageiro de Bragança Artur Santos Silva presidiu ao acto e, diante de uma plateia de profissionais da C.S. (pelos vistos amestrados à dureza do regime), disse algumas mentiras e confirmou a perda irremediável de medidas que tanto custaram a conquistar.
Como Calado Rodrigues é sacerdote e sei que eles, por princípio, não mentem, aceito como verdadeiras as palavras que exarou no seu editorial. E essas palavras são terríficas: «é espantoso que o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, tenha afirmado que o Governo não cumpre a Lei e, apesar da Lusa ter dado conta dessa afirmação, os órgãos de C. S. não lhe tenham dado qualquer atenção. Porquê? Será que o Governo está acima da Lei? Ou será que para continuarem a receber a publicidade institucional que é devida aos órgãos regionais, têm de deixar passar alguns destes descuidos dos titulares do Estado?»

E Calado Rodrigues continua nesse editorial a relatar coisas que em nada abonam a idoneidade política deste governante: ele «não trouxe boas notícias para a imprensa regional. Para além de assumir a incapacidade para fazer cumprir a Lei da Publicidade do Estado, confirmou que o porte pago para o estrangeiro é mesmo para acabar…Para o governo o porte pago está ferido de morte desde 1996, quando começou a ser diminuído por iniciativa do Governo de A. Guterres». E mais grave ainda, no plano ético: «Em resposta a essa provocação, o ministro da tutela referiu que foi esse Governo (de Guterres) quem introduziu os incentivos à modernização tecnológica. Deve ter sido outra distracção do Senhor Ministro. De facto esse Governo limitou-se a mudar o nome. E, para além de mudar o nome, também reduziu a comparticipação estatal. Antes de 1996 eram comparticipados a 100%. Com o Governo socialista passaram a ser comparticipados apenas em 50%, percentagem que ainda se mantém». E o director do Mensageiro de Bragança, no seu discurso, foi peremptório: «…se a legislação não for cumprida pelo Estado e o porte pago for abolido, então este Governo irá ficar associado à maior hecatombe da história da imprensa regional em Portugal».

O signatário contribuiu, como dirigente associativo, para a criação desses e de outros benefícios. Embora proprietário e director de algumas publicações periódicas, nunca requereu (e nunca recebeu) qualquer cêntimo do Estado. Mas coloca-se ao lado daqueles que injustamente vão sofrer a perseguição que o regime lhes vem infringindo.
A imprensa regional merecia mais e merecia melhor. Merecia mais apoios e menos favores. E merecia jornalistas mais devotados, mais persistentes e mais corajosos.
Quando falo em favores refiro-me às tremendas injustiças que alguns políticos exercem, dando tudo a uns e nada a outros. O exemplo de João Jardim noticiado pelo Público de 5 do corrente é um exemplo, entre centenas que se editam por esse país fora. Investiguem câmara a câmara, confrontem o que uns recebem de publicidade institucional, com outros que têm o mesmíssimo direito, mas que nem lhes conhecem o cheiro. Tudo isto nas barbas de quem vive na mesma rua, na mesma vila, no mesmo concelho. E falo em jornalistas corajosos porque, por subserviência e por medo, silenciam esta salazarenta ditadura. Esses são os tais jornaleiros, vestidos de jornalistas. E até ostentam carteira profissional… –

(Por Barroso da Fonte, Dr.) fixado por manuelapinheiro c/ direitos reservados* mp*
http://www.paixaoeromance.com/80decada/80baile_da_vida/h_baile.htm

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

A Felicidade


"...A felicidade não chega como resultado de obter algo que desejamos...
Mas por reconhecer, apreciar e valorizar o que temos."

(Fredrick Koening)

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Viva A Cidade De Chaves

VIVA A CIDADE DE CHAVES
Grande Manifestação Em Chaves!!! APOIADA DESDE AQUI! Se é que, com os de Fafe, ninguém fanfe… com os de Chaves posso adiantar-vos também considerar muito difícil… A população do Alto Tâmega, autarcas e representantes de partidos políticos manifestam-se hoje, contra o encerramento dos serviços de saúde em Vila Pouca de Aguiar e, a desclassificação da urgência no Hospital de Chaves. Grande Manifestação que promete encerrar a fronteira… e que pode trazer muito mais que se lhe diga. Por mim… vou de seguida para lá, apoiar os meus conterrâneos se por hoje não ficar resolvido… Em Chaves, a concentração decorre no Jardim das Freiras e, em Vila Pouca de Aguiar, os populares juntam-se no centro de saúde, seguindo depois em caravana ao encontro dos restantes manifestantes em Chaves. Entretanto, a concelhia do PS de Chaves, presidida por Nuno Vaz, já ameaçou demitir-se caso o Governo decida de acordo com o relatório da comissão que desclassifica o hospital local. Nuno Vaz disse ontem à agência Lusa que a desclassificação do Hospital de Chaves vai “afectar” toda a população do Alto Tâmega. A concelhia do PS de Chaves, presidida por Nuno Vaz, já ameaçou demitir-se caso o Governo decida de acordo com o relatório da comissão e desclassifique o hospital local. Num documento aprovado na semana passada - e já enviado ao Presidente da República, primeiro-ministro, presidente da Assembleia da República e líderes dos grupos parlamentares - representantes de 121 instituições de Chaves “repudiam de forma categórica a proposta de desqualificação” e apelam à manutenção e reforço das urgências do Hospital de Chaves.

Os subscritores salientam que o Hospital de Chaves serve “54 por cento do território e mais de 40 por cento da população do distrito” de Vila Real, e acusam aquela comissão de “erros de palmatória” no relatório que elaborou.
Entre esses “erros”, destacam a indicação da comissão de que o Hospital de Chaves atende apenas a população deste concelho, quando está a servir também Valpaços, Boticas e Montalegre, a troca do centro hospitalar a que pertence e a omissão do “pólo turístico relevante” que constitui o Vale do Tâmega. Já é sabido também que todos os municípios do Alto Tâmega estão em luta e três deles, Valpaços, Boticas e Montalegre, com a nossa luta pela manutenção das urgências médico-cirúrgicas, aliás luta que também é a deles porque também eles são servidos por estas unidades. os autarcas não se devem meter em questões de saúde…Das barbaridades afirmadas pelo sr.ministro…eles, os da Comissão é que sabem??? Eles conhecem os nossos concelhos, as nossas estradas, as nossas carências, as nossas vidas, e além de as conhecer, mandam nelas, mesmo que nunca tivessem saído de Lisboa, é para isso que são doutores de comissões técnicas e foi para isso que o Ministro da Saúde lhes paga. Pouca-vergonha maior não podia estar a acontecer em Portugal. Não se metam com a população flaviense…. É o concelho que vos deixo amigos governantes. Ainda vamos ser Espanhóis... EU APOIO-OS!!!!
------------------------***********-------------------------------------
E JÁ UM AUTARCA ESCREVEU AO REI
O presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar fez saber que já enviou uma carta ao rei da Noruega a pedir-lhe para interceder junto do Governo português para que as urgências neste concelho não encerrem. Isto porque, o centro de saúde de Vila Pouca de Aguiar foi financiado pela Noruega.
Mais acrescento duas fotografias onde podemos bem ver a diferença, e, qual aberração paisagística…. Como era o jardim das freiras há 25 anos atrás…. E, como é nos dias de hoje! ………… Agora os valores culturais…… Os valores da vida e da saúde das pessoas também correm perigo de vida……. SOCORRO!!!!!!!!!
http://cidadechaves.no.sapo.pt/frame01.htm






Gatunos em Portugal






Nos EUA inventaram uma máquina para apanhar gatunos.

Testaram-na em New York e em 5 minutos apanhou 1500 gatunos.

Levaram-na para China e em 3 minutos apanhou 3500.

Na África do Sul em 2 minutos apanhou 6000 gatunos.

Trouxeram-na para Portugal e num minuto, roubaram a "P***" DA MÁQUINA
Hehehehehe É Carnaval e ninguém leva a mal. Eu heim! Divirtam-se! BOM CARNAVAL!!!manuel@

sábado, 17 de fevereiro de 2007

O VELHO DA MONTANHA

Pontos de vista de um estranho no mundo da Blogosfera. Relatos de um simples marinheiro da nave espacial "Terra" em viagem pelo Universo profundo.
«QUANDO O JORNALISMO METE NOJO. Main SALVO PELO "GONGO"!
Setembro 26, 2005

QUERO QUE ESTA DEMOCRACIA SE F***!!!!

Tenho tentado manter neste blogue uma certa elevação de linguagem e de postura, pois sempre me pareceu que a educação seria o primeiro passo para um civismo responsável. No entanto, a sucessão de factos, escândalos, ineficiências, conluios e outros atropelos, para lá do que é medianamente aceitável, fazem-me perder de vez a compostura, e num verdadeiro grito de alma, rebelar-me contra o estado miserável da nossa democracia.Dizem-me que o problema não está na democracia, mas sim no Povo Português. Pode ser, mas como a palavra “democracia” significa “poder do povo”, a coisa vai desembocar na mesma cloaca.Já nem vale a pena falar nas escandalosas candidaturas de falsos “independentes”, na realidade verdadeiros caciques, agarrados como carraças ao poder e que não se conformam com a sua não-escolha por parte das direcções partidárias e que concorrem garantindo vantagens e pretendas.
Até me admiro de como ainda não ouvi o Major Valentim Loureiro avisar os Gondomarenses, que caso não ganhe, terão de devolver os electrodomésticos que ele distribuiu pela população na sua primeira campanha eleitoral. Sobre o caso de Felgueiras, e agora o de Lisboa, assim como tantos e tantos que há por aí, nem vale a pena falar.

Passei lá na quinta-feira passada, e além da profusão de cartazes, aparentemente nascidos em menos de vinte e quatro horas como se de cogumelos se tratassem, vi uns inomináveis cartazes com a fotografia de Fátima Felgueiras e que ostentavam a frase; “Não chores por mim, oh Felgueiras…”, glosando de forma ridícula e pusilânime o “dont cry for me Argentina…”, qual “Evita” minhota, vítima da cabalas e urdiduras.O estado da política no seu geral, que assoma de forma visível com estes casos, se não fosse dramático, seria digno de um programa humorístico e comprova bem como à sombra do 25 de Abril se constituíram e blindaram um conjunto de oligarquias, das quais estamos prisioneiros, quase em regime de escravatura.A própria democracia (como acertadamente referiu Manuel Alegre) está refém do sistema político, não havendo meios aparentes de alterar as coisas.
A maneira de como foi urdida esta teia Kafkiana, apenas permite que seja o sistema a reformar-se a si próprio, mas atendendo ao conjunto de poderes fácticos, privilégios e benesses que estão ao seu alcance, parece impraticável esta reforma, até porque esta necessita de uma maioria de 2/3, o que a torna virtualmente inviável, dado o inexorável período eleitoral de quatro em quatro anos que é necessário vencer a todo o custo e sem qualquer remorso.

E depois aonde iriam parar os escandalosos negócios como o da Euro-minas, no qual destacadas figuras do PS se encheram de “graveto”? Como é que Pina Moura, comunista arrependido, poderia acumular o seu cargo de deputado com o de administrador do gigante energético espanhol “Iberdrola”? E os restantes “jobs for the boys”?Infelizmente, afastada de vez a hipótese de um pronunciamento militar – com os militares a degradarem cada vez mais a sua imagem e estatuto, com os juízes a agirem como meros funcionários públicos em detrimento do seu estatuto de órgão de soberania, arredando a hipótese do comum dos cidadãos se defender juridicamente dos abusos da esfera do poder, confesso não ver caminho para a saída deste verdadeiro “beco sem saída”.Com este cenário de descrença nas instâncias e com este desencanto num povo que vota apenas para si e não para o bem comum, evidenciando de forma irrefutável a sua boçalidade intrínseca, apenas me resta um desabafo, e quebrando uma longa tradição de boa educação, no auge da minha imensa fúria e impotência, apenas consigo gritar:
QUERO QUE ESTA DEMOCRACIA SE F***!!!!!

Publicado por JM em Setembro 26, 2005 03:24 PM

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

O Despertar da China

A grande China está a despertar, a virar-se para o mar, e a querer reclamar o papel de super potência outrora ocupado pela Ex-URSS. Espero que a frase de Napoleão “quando a China acordar o mundo abanará” signifique progresso, signifique paz e signifique qualidade de vida, qualificação de valores e reconhecimento justo a todos os que nesta Europa, que já demonstrou, não vai conseguir caminhar por si só, mesmo assim, nela se esforçam, trabalham e lutam pelo sonho que lhes vai na alma e pelo seu grandioso valor, que é acima de tudo o valor de cada um de nós, ou seja, o valor humano de cada um, que tem e deve passar pelo reconhecimento e valorização pessoal, económica ou financeira. Hoje, podemos dizer que o que acontece na Ásia afecta as nossas empresas e organizações e desta forma o nosso pequeno mundo quotidiano. A China está actualmente reconhecida como uma grande super potência. A estratégia total que daí resulta dá claramente credibilidade a esta ideia, já que se assiste a um grande crescimento económico, resultado das reformas económicas que mudaram radicalmente a economia chinesa, e, a um aumento do poder militar, a procurar a modernização, o desenvolvimento tecnológico e a capacidade de projectar poder e, finalmente, fazer face ao claro desenvolvimento da sua política externa. Os requisitos necessários para se ser uma super potência correspondem ao poder de um país para: exercer influência externa excelente e excepcional nos planos cultural, económico, militar, psicológico e político, usufruindo de maior liberdade de acção no sistema internacional, assegurando autonomamente a sua defesa militar contra quaisquer poderes existentes isolados ou associados, e além disso, liderar grandes blocos de países ou grandes pactos militares. Virada para a capacidade ofensiva designada por “defesa activa”, ou seja, “capacidade para entrar numa guerra limitada, altamente tecnológica, com os seus vizinhos fracos, em especial da periferia marítima”. Para consolidar esta nova estratégia a China tem no topo das suas prioridades a modernização da Marinha, seguida pela Força Aérea e pela constituição de forças de reacção rápida. Com os novos navios que está adquirir à Russia e os que está a construir, a China pretende mostrar o seu poder nas “blue waters”. Por outro lado, como contrapartida, o Exército de Libertação do Povo está a ser reduzido em 500.000 efectivos. Na revolução do Aço, constroem-se cidades que comportam sete milhões de habitantes, e enquanto isso, o operário que tiver o azar de ficar sem um dedo, ou mesmo sem uma mão, ou um braço, no desempenho do seu trabalho, muito mal remunerado, vai para casa e não tem direitos de saúde e nem de assistência social que lhe permitam sobreviver de imediato, por não poder trabalhar, por ter sofrido um acidente grave de trabalho. O salário que auferem corresponde a 50 euros mensais. O elemento humano, porque é decisivo para a transformação dos poderes pode ser factor de força ou de fraqueza dos países. O grande problema actual da China esta ligado com as capacidades técnicas do seu povo. Efectivamente, as diferentes direcções políticas extremamente conservadoras e os modos de vida tradicionais num território amplamente rico conduziram a uma carência contagiosa de tecnologia e de saberes modernos que permitissem aproveitar esses recursos. Esta consciência fez reflectir a direcção política chinesa que está actualmente a conduzir a China para um novo sistema de forma a industrializar rapidamente o país numa estratégia total que visa a supremacia absoluta e uma forte posição no conjunto mundial. Este é, por conseguinte, um sério aviso aos seus vizinhos concorrentes. A China vai querer controlar o “Rimland” de Spykman com vista ao controlo da Eurásia, tendo como alvos a curto prazo a apropriação de recursos petrolíferos e piscícolas do Mar do Sul da China e das Ilhas Spratly e Paracel. De recordar recentes conflitos diplomáticos devido à presença de navios de guerra chineses junto das ilhas Spratly (cerca de 190 ilhas e recifes, numa área de 150000 milhas quadradas no Mar do Sul da China). Estas ilhas, ricas em petróleo e gás natural, são contestadas não só pela China, que as considera historicamente suas, como também pela Formosa, nome que os nossos navegadores deram à ilha agora mais conhecida por Taiwan, também o Vietname, Filipinas, Malásia e Brunei. A passagem da soberania de Macau para a China e a resolução da questão de Timor são o fim de uma odisseia que os nossos antepassados iniciaram há mais de 500 anos. Fomos os primeiros e os últimos ocidentais a sair do oriente. Os estados do Sudeste Asiático estão conscientes dos programas militares da China e da ameaça que ela representa. Sendo assim, ser uma super potência completa inclui também extraordinária dimensão geográfica, população da ordem das centenas de milhões com apreciável qualidade cultural e técnica, e elevada taxa de auto-suficiência. A China surgiu como mercado bastante atraente, assemelhando-se a um verdadeiro oásis nestes tempos de aquecimento global. E lá vamos nós a correr comprar o Natal à loja dos chineses… Parece que não temos outros aromas, e nem remédios. Engraçado, eu até já tenho uma chinesa real e outra virtual no meu leque de amigas. E, como é agradável a sua companhia. Delas, posso dizer, que são simpáticas, cultas, inteligentes, e, sobretudo responsáveis nos trabalhos que realizam. São sobretudo pessoas com valor, que apenas querem melhorar as suas vidas. Com a Viagem do Primeiro-ministro à china, vamos ver, que novidades trás de lá para os Portugal, que possibilidades terão os portugueses de reconhecimento, nas novas empresas e lojas a abrir brevemente, com a construção das novas cidades e empreendimentos na China? E, se o preço que vão ter que pagar os portugueses por terem que viajar para tão longe, abandonando a sua terra para poderem conseguir trabalho e possibilidade de sobrevivência, ou seja, de que forma e em termos percentuais essa correspondência entre chineses e portugueses será calculada. Desculpem a extensão do texto que corre o risco de ter que ser lido em duas vezes, mas é que eu, quando escrevo, escrevo e pronto*Por favor gozem de um Excelente Fim De Semana* Manuel@Pinheiro

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Ninguém É Perfeito

Ninguém é perfeito Cada ser humano tem as suas particularidades, e isto, é muito fácil de perceber, mas certamente difícil de aceitar. Cada um de nós, tem as suas histórias, crenças e pensamentos que estão directamente ligados à nossa criação. As experiências vividas na infância, os modelos familiares, os comportamentos adoptados e os valores enraizados, constituem a essência de cada um de nós. Muitos sofrem desnecessariamente por quererem mudar os outros de acordo com as suas crenças, e esquecem quão profundamente essas verdades estão estruturadas e enraizadas. As pessoas são únicas: “ Ninguém é igual a ninguém e ninguém é perfeito”. Todos nós sabemos que nenhum ser humano é perfeito. Os pais não são perfeitos. O chefe não é perfeito. Os empregados não são perfeitos. Os clientes não são perfeitos. Os amigos não são perfeitos. O cônjuge está longe de ser o perfeito ou do nosso ideal de perfeição. Os filhos também não são perfeitos. E, principalmente, nós também não somos perfeitos Toda a gente sabe disso. Então por que queremos encontrar nos outros a perfeição? Por mais virtudes que alguém tenha, cometerá, em algum momento da vida, pequenos ou grandes deslizes. Ou seja, as pessoas são como são, pelas suas próprias razões e não para magoar ninguém. Se não se comportam segundo as nossas expectativas, julgamos que agem daquela maneira para nos magoarem, quando, na verdade, essa é apenas a maneira de ser de cada um. Portanto, vamos repensar as nossas atitudes e as nossas acções pois a vida é a única verdade existente. Permita ser dominado pela vida em todas as suas formas, cores e dimensões, e, lembre-se, quanto mais seguros sobre o nosso processo de mudança, menos dependeremos, da decisão alheia, menos nos sentiremos prisioneiros de alguém ou de alguma coisa. Toda a mudança tem início dentro de nós. Lembremo-nos disto. Ninguém é perfeito!
manuel@pinheiro