O signo do Porco
Nome chinês:
ZHU
É o signo signo da honestidade, da simplicidade e da grande força de vontade. Valente, sólido e atencioso, um indivíduo nascido este ano se empenha em sua tarefa com todas as forças e podes estar seguro que chegará até o fim. Exteriormente poderá parecer grosseiro e jovial, mas coça a superfície e encontrarás ouro puro. O Porco é um dos indivíduos mais naturais que podes chegar a conhecer. É uma boa pessoa por excelência, e não te lançará jamais um golpe baixo. É querido e apreciado porque, como a Ovelha e o Coelho, procura a harmonia universal. Sem lugar a dúvidas terá divergências e litígios com os demais, mas não guarda rancor, salvo que não lhe fique outra. Não ama agregar azeite ao fogo numa briga, e geralmente não remexe no passado. O clemente Porco estará sempre pronto para dar o primeiro passo e para estabelecer boas relações com os demais. Se não o consegue, não será seguramente por má vontade de sua parte. Tem o dom de dispor de uma enorme paciência. Sabe trabalhar com constância numa coisa ao mesmo tempo e pode converter-se num maestro excelente e escrupuloso. No entanto, é também conhecido pela paixão e vai em procura de prazeres e quando seus rasgos negativos se põem em evidência, pode até converter-se num depravado. O leal e atencioso Porco entabulará amizades duradouras e benéficas. Ama todo tipo de reuniões, adora organizar festas e participar nas mesmas, fazer-se sócio de círculos e associações de todo tipo. Organizador calmo odeia as discussões e as brigas, e é capaz de que pessoas mais diferentes entre si se levem bem. Sua credibilidade e sensibilidade são seus dotes mais preciosas. No entanto pode ser demasiado afável e condescendentes as vezes, e ademais espera do que os demais tolerem suas debilidades. O Porco não te alucinará como o Dragão e não te embruxará como o Macaco ou o Tigre, não te hipnotizará como a Serpente. Mas te apegarás tanto que já não poderás prescindir mais dele. O atencioso Porco é sinónimo de diligência e de resplandecente cortesia à antiga. Sempre está pronto para carregar com os pesares de seus amigos; não se rebelará se deve permanecer em díspar ou sustentar todo o peso com sua força incrível.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
domingo, 10 de janeiro de 2010
sábado, 2 de janeiro de 2010
A cidade antiga
Houve tempo em que a cidade tinha pêlo na axila
E em que os parques usavam cinto de castidade
As gaivotas do Pharoux não contavam em absoluto
Com a posterior invenção dos kamikazes
De resto, a metrópole era inexpugnável
Com Joãozinho da Lapa e Ataliba de Lara.
Houve tempo em que se dizia: LU-GO-LI-NA
U, loura; O, morena; I, ruiva; A, mulata!
Vogais! tônico para o cabelo da poesia
Já escrevi, certa vez, vossa triste balada
Entre os minuetos sutis do comércio imediato
As portadoras de êxtase e de permanganato!
Houve um tempo em que um morro era apenas um morro
E não um camelô de colete brilhante
Piscando intermitente o grito de socorro
Da livre concorrência: um pequeno gigante
Que nunca se curvava, ou somente nos dias
Em que o Melo Maluco praticava acrobacias.
Houve tempo em que se exclamava: Asfalto!
Em que se comentava: Verso livre! com receio...
Em que, para se mostrar, alguém dizia alto:
"Então às seis, sob a marquise do Passeio..."
Em que se ia ver a bem-amada sepulcral
Decompor o espectro de um sorvete na Paschoal
Houve tempo em que o amor era melancolia
E a tuberculose se chamava consumpção
De geométrico na cidade só existia
A palamenta dos ioles, de manhã...
Mas em compensação, que abundância de tudo!
Água, sonhos, marfim, nádegas, pão, veludo!
Houve tempo em que apareceu diante do espelho
A flapper cheia de it, a esfuziante miss
A boca em coração, a saia acima do joelho
Sempre a tremelicar os ombros e os quadris
Nos shimmies: a mulher moderna... Ó Nancy! Ó Nita!
Que vos transformastes em dízima infinita...
Houve tempo... e em verdade eu vos digo: havia tempo
Tempo para a peteca e tempo para o soneto
Tempo para trabalhar e para dar tempo ao tempo
Tempo para envelhecer sem ficar obsoleto...
Eis por que, para que volte o tempo, e o sonho, e a rima
Eu fiz, de humor irônico, esta poesia acima.
in Poesia completa e prosa: Vinicius de Moraes
Houve tempo em que a cidade tinha pêlo na axila
E em que os parques usavam cinto de castidade
As gaivotas do Pharoux não contavam em absoluto
Com a posterior invenção dos kamikazes
De resto, a metrópole era inexpugnável
Com Joãozinho da Lapa e Ataliba de Lara.
Houve tempo em que se dizia: LU-GO-LI-NA
U, loura; O, morena; I, ruiva; A, mulata!
Vogais! tônico para o cabelo da poesia
Já escrevi, certa vez, vossa triste balada
Entre os minuetos sutis do comércio imediato
As portadoras de êxtase e de permanganato!
Houve um tempo em que um morro era apenas um morro
E não um camelô de colete brilhante
Piscando intermitente o grito de socorro
Da livre concorrência: um pequeno gigante
Que nunca se curvava, ou somente nos dias
Em que o Melo Maluco praticava acrobacias.
Houve tempo em que se exclamava: Asfalto!
Em que se comentava: Verso livre! com receio...
Em que, para se mostrar, alguém dizia alto:
"Então às seis, sob a marquise do Passeio..."
Em que se ia ver a bem-amada sepulcral
Decompor o espectro de um sorvete na Paschoal
Houve tempo em que o amor era melancolia
E a tuberculose se chamava consumpção
De geométrico na cidade só existia
A palamenta dos ioles, de manhã...
Mas em compensação, que abundância de tudo!
Água, sonhos, marfim, nádegas, pão, veludo!
Houve tempo em que apareceu diante do espelho
A flapper cheia de it, a esfuziante miss
A boca em coração, a saia acima do joelho
Sempre a tremelicar os ombros e os quadris
Nos shimmies: a mulher moderna... Ó Nancy! Ó Nita!
Que vos transformastes em dízima infinita...
Houve tempo... e em verdade eu vos digo: havia tempo
Tempo para a peteca e tempo para o soneto
Tempo para trabalhar e para dar tempo ao tempo
Tempo para envelhecer sem ficar obsoleto...
Eis por que, para que volte o tempo, e o sonho, e a rima
Eu fiz, de humor irônico, esta poesia acima.
in Poesia completa e prosa: Vinicius de Moraes
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