terça-feira, 11 de novembro de 2008


Uma Alucinação Temporânea

Voltas e mais voltas , fragmentos de um tempo que nos deixa a alma como morta. Voltas e mais voltas que nos deixam com a vida em revolta; atitudes desoladoras, e malfeitoras para o nosso ideal, que nos fecham a porta.

Os passos apressados de quem não está disposto a voltar atrás. Correm uns , outros caminham; pisam e repisam as calçadas, sujas das mágoas da gente que passa , mas que as águas do tempo, teimam em lavar, deixando o pesadelo no sonho, como uma alucinação temporânea não minha.

É um pesadelo que no sonho não me deixa descansar.
É uma tormenta sempre atrás , que me impede de ficar , tenho medo de sair, tenho medo de não voltar. Tenho medos , mas enfrento o desafio como as águas de um rio que correm para o mar.

Tenho medo de me afogar nesse rio grande das emoções. Medo dos horizontes dos arco-íris e das solidões. Medo dos grandes silêncios e do lixo das estradas do destino. Das algemas que trituram a liberdade pelo medo ao hino da verdade .

Nessas grandes asas do acaso e do além, o medo nato da condição humana provém; porque, só os medos doentes podem levar à tortura, á morte do sonho das gentes, da sua liberdade, das suas mentes e, da sua grandiosidade ...)))

(reservado a direitos autorais)
Manuela Pinheiro
Novembro de 2008


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