sábado, 25 de abril de 2009



CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA JUVENIL Parte III

“Depressão juvenil no contexto familiar: Factores familiares de risco e modelos de tratamento” publicado na revista Clinical Child and Family Psychology Review. Finalmente, uma pesquisa feita na Austrália, publicada na European Child e Adolescent Psychiatry apresenta os resultados da aplicação do Self-Efficacy Questionnaire for Depression in Adolescents, em adolescentes deprimidos, constituinte de dois projectos para tratamento de depressão em jovens australianos. O que é muito importante no momento?

Muito importante é a união de esforços envolvendo familiares e políticas de saúde que tratem e principalmente cuidem da prevenção da depressão em jovens e crianças. Este distúrbio afecta a vida presente e futura tanto do indivíduo quanto da família e da sociedade, pelo sofrimento e gastos econômicos gerados.

Causas e Consequências da violência

Causas > A violência acontece porque muitos pensam que melhor forma de resolver um conflito é com recurso a violência e que os homens são mais fortes e superiores que as mulheres. É assim que, muitas vezes, os maridos, namorados, pais, irmãos, chefes e outros homens acham, que têm o direito de impor as suas vontades às mulheres, e à família. Embora muitas vezes o álcool, drogas ilegais e ciúmes sejam apontados como factores que desencadeiam a violência contra a mulher, na raiz de tudo está a maneira como a sociedade dá mais valor ao papel masculino, o que por sua vez se reflecte na forma de educar os meninos e as meninas. Enquanto os meninos são incentivados a valorizar a agressividade, a força física, a acção, a dominação e a satisfazer os seus desejos, inclusive os sexuais, as meninas são valorizadas pela beleza, delicadeza, sedução, submissão, dependência, sentimentalismo, passividade e o cuidado com os outros.

Consequências > No plano individual, a violência, produz lesões, mutilações, deformações, depressão, doenças crónicas, apatia, baixo auto-estima, distúrbios do sono; e, mesmo, em última instância pode conduzir à morte da vítima;
No plano social, ela leva, quase sempre, à delinquência juvenil, ao comportamento violento de crianças e adolescentes, vítimas e testemunhas; ao abandono da casa e da família que é trocada pela vida nas ruas; à depressão e baixo rendimento escolar e ao suicídio.

No plano económico, leva a um recrudescer da dependência em relação ao agressor. Na medida em que a vítima pode não ter características de empregabilidade (competências profissionais) Pois, o agressor proíbe as vitímas de trabalhar “fora de casa”, interfere no processo das vitímas de ter e manter um emprego e ameaça-as, constantemente, de que se o abandonar ficará sem recursos financeiros.

Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofrem caladas e não pedem ajuda. Para elas é difícil sair daquela situação. Muitas sentem vergonha ou dependem emocionalmente ou financeiramente do agressor; outras acham que “foi só daquela vez” ou que, no fundo, são elas as culpadas pela violência; outras não falam nada por causa dos filhos, porque têm medo de serem agredidas outra vez ou porque não querem prejudicar o agressor, que pode ser preso ou condenado socialmente.

Muitas sentem-se sozinhas, com medo e vergonha. Quando pedem ajuda, em geral, é para outra mulher da família, como a mãe ou irmã, ou então alguma amiga próxima, vizinha ou colega de trabalho. Já o número de mulheres que recorrem à polícia é ainda menor. Isso acontece principalmente no caso de ameaça com arma de fogo, depois de espancamentos com fracturas ou cortes e ameaças aos filhos.

“ A violência é o maior cancro da sociedade, o seu crescimento transformasse em neoplasia de tristezas e queixumes, não se iluda, somente a paz e o amor podem dizimá-la.” ( Antonio Paiva Rodrigues).

A humanidade passa por mudanças rápidas e profundas que precisamos saber sentir e adaptar.

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